Curiosidades M de mel
É difícil não estabelecer uma empatia com o mel. Pela sua cor, pela sua origem e pelo seu misticismo intercalado entre o potencial terapêutico e a ligação à infância, este “néctar” goza de elevada popularidade. Desde a Grécia antiga que o mel era apenas reservado para “aqueles que o mereciam”, rezando a lenda que foi o único alimento consumido por Pitágoras em toda a vida.
Numa primeira análise podemos dizer que, na sua essência, o mel é apenas água e açúcar possuindo inclusive valores de vitaminas e minerais não muito díspares dos do seu homólogo proveniente da cana. Mas é precisamente no tipo de açúcar que o mel se começa a tornar especial. O seu alto teor em frutose diferencia o mel do açúcar devido a um menor índice glicémico e, consequentemente, subidas menos acentuadas dos níveis de glicemia e insulina, fazendo dele um alimento mais apelativo para diabéticos numa perspectiva de substituição do açúcar.
A já ancestral receita de leite quente com mel para diminuir a tosse possui alguma sustentação científica. Apesar da composição nutricional do mel não diferir substancialmente do açúcar do ponto de vista “major”, a quantidade de polifenóis deste néctar confere-lhe alguns efeitos interessantes na saúde. Estes fitoquímicos possuem desde logo um efeito antioxidante e por norma encontram-se em maior quantidade nas versões de mel mais escuras, diminuindo com o seu tempo de armazenamento.
Existem mesmo estudos que demonstraram um efeito positivo do mel na aceleração do metabolismo do álcool e com propriedades minimizadoras dos efeitos de uma noite anterior bem regada! O mel possui ainda propriedades antibacterianas (menor potencial causador de cáries em comparação com o açúcar), anti-inflamatórias e anti-mutagénicas. A sua forte conotação na resolução de problemas do foro gastrointestinal é igualmente consubstanciada no seu poder inibidor da bactéria Helicobater pylori, agente causador de úlceras gástricas.