terça-feira, 1 de novembro de 2011

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M de mel
É difícil não estabelecer uma empatia com o mel. Pela sua cor, pela sua origem e pelo seu misticismo intercalado entre o potencial terapêutico e a ligação à infância, este “néctar” goza de elevada popularidade. Desde a Grécia antiga que o mel era apenas reservado para “aqueles que o mereciam”, rezando a lenda que foi o único alimento consumido por Pitágoras em toda a vida.
Numa primeira análise podemos dizer que, na sua essência, o mel é apenas água e açúcar possuindo inclusive valores de vitaminas e minerais não muito díspares dos do seu homólogo proveniente da cana. Mas é precisamente no tipo de açúcar que o mel se começa a tornar especial. O seu alto teor em frutose diferencia o mel do açúcar devido a um menor índice glicémico e, consequentemente, subidas menos acentuadas dos níveis de glicemia e insulina, fazendo dele um alimento mais apelativo para diabéticos numa perspectiva de substituição do açúcar.
A já ancestral receita de leite quente com mel para diminuir a tosse possui alguma sustentação científica. Apesar da composição nutricional do mel não diferir substancialmente do açúcar do ponto de vista “major”, a quantidade de polifenóis deste néctar confere-lhe alguns efeitos interessantes na saúde. Estes fitoquímicos possuem desde logo um efeito antioxidante e por norma encontram-se em maior quantidade nas versões de mel mais escuras, diminuindo com o seu tempo de armazenamento.
Existem mesmo estudos que demonstraram um efeito positivo do mel na aceleração do metabolismo do álcool e com propriedades minimizadoras dos efeitos de uma noite anterior bem regada! O mel possui ainda propriedades antibacterianas (menor potencial causador de cáries em comparação com o açúcar), anti-inflamatórias e anti-mutagénicas. A sua forte conotação na resolução de problemas do foro gastrointestinal é igualmente consubstanciada no seu poder inibidor da bactéria Helicobater pylori, agente causador de úlceras gástricas.
Curiosidades » Veneno de abelhas contra o cancêr
Veneno de abelhas contra o cancêr
Tratamento usa toxina das abelhas como terapia contra a doença.
Em uma única colmeia, entre 50 mil e 80 mil abelhas trabalham de forma incessante. Além de produzirem mel, esses insetos fabricam um veneno semitransparente e de forte odor, despejado por um ferrão situado em sua parte traseira. A sopa tóxica composta por pelo menos 18 substâncias ativas é dominada, em uma concentração de 50%, pela biomolécula melitina. A ciência já havia comprovado que essa toxina representava uma excelente candidata a terapia contra o câncer, mas desconhecia meios eficazes e seguros de conduzi-la diretamente até o tumor. Existia o risco de que a melitina, quando transportada em grandes quantidades, provocasse danos generalizados às células sadias. Até que Samuel Wickline, professor de medicina, engenharia biomédica e biologia celular da Universidade de Washington (EUA), e a equipe dele desenvolveram nanoesferas, batizadas de nanoabelhas, para transportar a melitina, que rapidamente atacaria o tumor.
“Sabíamos que a melitina tinha uma chance de ser protegida pelo nanotransportador que havíamos desenvolvido. Isso porque ela se posiciona na camada gordurosa ao redor de nossa partícula. Nós tentamos inserir a toxina e descobrimos que ela não era muito estável na nanopartícula, mas não vazou para fora e permaneceu ativa quando estava dentro da corrente sanguínea”, comemora o cientista.
Era o sinal de que estavam na direção certa. O autor da pesquisa, publicada recentemente pela revista científica “The Journal Clinical of Investigation” , explicou que a nanoabelha rastreia o local do tumor e se cola a um endereço vascular específico. Ela também pode ficar propositalmente presa a uma armadilha na região do tumor, em vasos sanguíneos malformados que nutrem as células cancerígenas.
“A toxina melitina e a nanoabelha se derretem dentro do tumor e entregam seu ferrão. O processo de derretimento, ou a fusão da nanoabelha com a célula, é muito menos comum em estruturas normais ou sadias. Nós alvejamos os vasos sanguíneos por produzirem e liberarem esses “endereços postais” moleculares, capazes de direcionar as nanoabelhas até o tumor. Wickline contou que dezenas de camundongos acometidos de tumores nativos ou implantados em laboratório e de lesões pré-cancerosas foram alvos do estudo.
“As nanoabelhas exibiram atividade contra todas elas”, garante o médico. Em alguns casos, o tumor foi substancialmente eliminado com apenas poucas doses de nanoabelhas. “Em outros casos, os tumores foram impedidos de se transformar em um câncer de alta letalidade”, disse.
Curiosidades » Cientistas usam microchips em abelhas para investigar o seu sumiço
Cientistas usam microchips em abelhas para investigar o seu sumiço
Especialistas de Salamanca, Espanha, estão a realizar um projeto pioneiro que envolve colocar microchips em abelhas para investigar as causas dos elevados índices de mortalidade entre elas.
“Iniciamos o projeto porque na região de Salamanca temos muitos problemas com o desabelhamento das colmeias”, disse Castor Fernández, presidente da Asociación de Apicultores de Salamanca, Espanha. “Falamos em desabelhamento quando a colmeia fica despopulada e morre. Durante anos que tem havido um índice de 80% de despopulação, ou seja, em cada 100 colmeias, morrem 80.”
Segundo Fernández, quando as abelhas desaparecem, a rainha deixa de colocar ovos para que se formem novas colmeias. Após um período, a colmeia morre.”Não sabemos se as abelhas se vão embora ou se morrem ali perto. Não sabemos o que ocorre, e por isso surgiu a ideia dos microchips para ver se encontramos alguma solução”.Os minúsculos chips são acoplados ao tórax das abelhas. Cada vez que elas passam pela entrada da colmeia, um leitor de microchips regista os dados que são arquivados em um computador.
Os investigadores José Orantes Bermejo, dos Laboratorios Apinevada, em Granada, e Antonio Gómez Pajuelo, apicultor, estão a monitorizar abelhas em colmeias saudáveis, onde não houve qualquer contaminação por pesticidas, e em colmeias onde foram identificados resíduos de pesticidasem níveis não letais. “Estamos a colocar identificadores passivos (sem baterias) para identificar cada abelha de forma individual. Estes dispositivos têm um tamanho aproximado de 2 x 1,6 mm e uma espessura aproximadamente de 0,5 mm. O peso aproximado é de 5 mg e a abelha pode carregar (o chip) sem problemas”, afirmou Bermejo.
Pajuelo refer que a pergunta que a equipa pretende responder é a seguinte: Os índices de resíduos de pesticidas, encontrados com relativa frequência, afetarão tanto a vida das abelhas ao ponto de fazer com que elas morram aos poucos? E será que essas mortes levariam a colmeia a perder quantidades importantes de abelhas ao longo do inverno, tornando-se depopulada?
Segundo Pajuelo, os estudos feitos até agora têm levado os especialistas a concluir que o desaparecimento das abelhas se deve a uma conjunção de três fatores, nomeadamente, a má nutrição durante o outono por problemas nas florações nesse período, a falta de controlo sobre o ácaro Varroa destructor, que parasita as abelhas, e o uso de pesticidas agrícolas, usados externamente, e pesticidas usados dentro da colmeia no combate ao ácaro varroa.
“Os pesticidas são tóxicos para as abelhas e, em doses baixas, interferem na produção dos péptidos antimicrobianos do seu sistema imunológico”, disse Pajuelo.”Restos de pesticidas utilizados em torno ou dentro da colmeia contra o varroa acabam por ficar dissolvidos na cera e dali passam para a parte gordurosa do pólen armazenado pelas abelhas”. O investigador explicou que quando esse pólen é consumido pelas larvas e por abelhas adultas, ocorre uma intoxicação leve, que não seria o suficiente para matar as abelhas, mas que pode encurtar as suas vidas e aumentar a incidência de doenças. “A influência deste último fator é o que estamos a tentar demonstrar, ao marcar as abelhas com chips que nos permitem ‘ler’ o seu período de vida”.
Curiosidades » “A Importância das Abelhas” é o tema de agenda 2012
“A Importância das Abelhas” é o tema de agenda 2012
Fala-nos de plantas e das suas relações com as abelhas, seres cruciais para a nossa sobrevivência pois são responsáveis por 70% daquilo que comemos todos os dias, sem abelhas a polinização de grande parte de árvores de fruto e da maioria dos vegetais que consumimos não poderá ser feita e a raça humana corre o risco de morrer à fome.
Não é um livro alarmista mas alerta para aquilo que está ao alcance de todos fazer: boicotar alimentos geneticamente modificados, plantar hortas e jardins biológicos, usando grande diversidade de plantas e escolhendo variedades que atraiam abelhas como alfazema, alecrim, tomilho, meliloto, aipo, cistus, equinácea, angélica, calêndulas, trevos, cardos, etc.
Foram eleitas 53 plantas, algumas das quais já mencionadas nas agendas anteriores sendo os textos e as fotos renovados nesta edição. Explica a importância e as propriedades de produtos como o pólen, mel, própolis, geleia real, etc. Oferece ainda receitas simples e caseiras de culinária e cosmética.
Frases
As abelhas produzem grandes quantidades de mel (três vezes mais do que aquilo que consomem) para assegurar alimento para a colmeia durante o Inverno, em que há escassez de pólen e néctar.
“Para fazer uma pradaria é preciso apenas um trevo e uma abelha”
Plínio-o-velho dizia que o néctar era “a transpiração do céu e a saliva das estrelas” e considerava as abelhas como criaturas celestiais.
Para fazer apenas uma colher de mel, as abelhas precisam de fazer cerca de 5000 visitas às flores.
As abelhas são 100 vezes mais sensíveis aos odores do que os humanos.
As abelhas são sensíveis aos raios ultra-violeta, invisíveis ao olho humano, expandindo as já vibrantes cores das flores para um espectro muito maior permitindo-lhe mais facilmente encontrar as partes das flores onde está armazenado o néctar (nectário).
As abelhas recolhem pólen de uma variedade de flores muito superior a qualquer outro insecto polinizador.
Para ser fertilizada a abelha rainha sai da colmeia e voa o mais alto possível na direção do sol ao qual ela pertence “Rudolf Steiner”
As abelhas têm uma apuradíssima forma de comunicar através de danças que indicam às outras abelhas onde se encontra o melhor pólen.
Abelha colorida e com língua grande é descoberta na Colômbia
Abelha colorida e com língua grande é descoberta na Colômbia
Pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia encontraram um novo exemplar de abelha do gênero Euglossa que chama a atenção por sua diversidade de cores, mas, principalmente, pelo tamanho de sua língua, que chega a ser duas vezes maior que próprio corpo do inseto
Denominada Euglossa natesi, o espécime foi encontrado na região da floresta Amazônica, próxima à fronteira com o Equador. O exemplar complementa a lista de abelhas de orquídeas, chamadas assim por sua ação polinizadora e relação especial com as flores.
De acordo com Rodulfo Ospina, professor do Departamento de Biologia da universidade colombiana e um dos responsáveis por descrever o novo inseto, a particularidade desta abelha é que por sua língua ser maior, há possibilidade de plantas diferentes serem polinizadas.
Todas as abelhas do gênero Euglossa chamam a atenção por suas cores chamativas (azul, verde, bronze e dourado). O exemplar em questão foi coletado em 2005, na Reserva Natural Privada Rio Nambi, na fronteira com o Equador. Cientistas estimam a existência de 20 mil espécies de abelhas em todo o mundo.
g » Curiosidades » Aumento das exportações amplia mercado do mel brasileiro
Aumento das exportações amplia mercado do mel brasileiro
A exportação de mel brasileiro aumentou quase 40% nos primeiros seis meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2010. Atividade ecologicamente correta, a apicultura brasileira ocupa o 11º lugar no ranking mundial de produção de mel e o país é o nono maior exportador. Os principais destinos são Estados Unidos e Alemanha.
Entre janeiro e junho de 2011, as exportações brasileiras de mel alcançaram US$ 40 milhões, resultado quase 38% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 29,1 milhões). Em volume, foram comercializadas 12,3 mil toneladas Em 2011, contra 10,1 mil toneladas em 2010.
A Confederação Brasileira de Apicultura estima que há cerca de 350 mil apicultores no País, a maioria agricultores familiares que movimentam um mercado avaliado em US$ 360 milhões e que continua em expansão. O setor responde por 450 mil ocupações diretas no campo, com mão de obra predominantemente familiar, e gera outros 16 mil empregos diretos na indústria de processamento, máquinas e equipamentos.
Liderança
O Piauí, que conquistou no primeiro semestre deste ano as duas primeiras Certificações de Comércio Justo de Mel no Brasil, é o líder das exportações brasileiras com 595 toneladas. São Paulo é o segundo colocado, com 479, e Rio Grande do Sul o terceiro, com 237 toneladas.
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