segunda-feira, 22 de agosto de 2011


Nutricionista fala sobre produtos derivados das abelhas

Mel, própolis, geleia real e pólen saiba os benefícios desses produtos.
Karin Honorato foi a uma loja especializada e conversou com um apicultor.

A nutricionista Karin Honorato vai falar neste sábado (20) sobre
produtos derivados das abelhas. Karin e o apicultor Leonardo mostram
como o mel, a própolis, a geleia real e o pólen são produzidos e como
podem ajudar na nossa saúde .

Segundo o apicultor, o mel é originário do néctar das plantas coletadas
pelas abelhas. Na colmeia, os insetos desidratam o néctar, adicionam
enzimas originárias do organismo e armazenam a substância nos alvéolos
(favos de mel). O apicultor explica a diferença de cor de um mel depende
da planta que abelha visitou.

As variadas tonalidades influenciam na parte nutricional do mel, de
acordo com Karin. De acordo com ela, o mais claro tem ações laxativa e
tranquilizante. Já o escuro, tem uma concentração maior de nutrientes
como vitaminas, minerais e ação antioxidante.

Karin aconselha o consumo de mel durante a gripe, principalmente quando
a pessoa está com tosse, “devido à ação expectorante”. A nutricionista
alerta para o perigo do consumo de mel para crianças com menos um ano.
“Porque podem adquirir uma bactéria e trazer o botulismo infantil”, diz.

Segundo o apicultor, o selo de inspeção do Ministério da Agricultura garante ao consumidor um produto de qualidade.

Sobre a própolis – muito usada em crises de garganta inflamada,
problemas respiratórios, e na prevenção da gripe – o apicultor destaca
que esse produto é feito pelas abelhas com objetivo de proteção da
colmeia. “As abelhas utilizam [a própolis] para desinfectar a colmeia e
até mesmo mumificar alguns intrusos maiores”, explica.

Entre as características medicinais da própolis a nutricionista
ressalta a ação antibacteriana, anti-inflamatória, cicatrizante e é
recomendado para caso de infecções respiratórias. Segundo Karin, “não é
interessante consumir a própolis no dia a dia por mais de 90 dias”.

A geleia real é produzida pelas abelhas para alimentar a rainha e as
larvas até o terceiro dia de vida. De acordo com a nutricionista,
estudos mostram que uma pequena quantidade desse produto, consumida
diariamente de forma sublingual, aumenta a longevidade das nossas
células e aumenta a nossa imunidade. “Ela não é um remédio. Ela é um
alimento que serve para prevenção”, explica.

O pólen é outro produto derivado das abelhas. Segundo o apicultor, o
pólen é originário das plantas que as abelhas utilizam como fonte
protéica da colmeia e é indispensável para a sobrevivência dos insetos.


A nutricionista recomenda o consumo de uma a duas colheres de pólen por
dia (sopa para adultos e chá para crianças). Ele pode ser acrescentado
em sopas, sucos e vitaminas ou diluído em água e consumido todos os
dias, de acordo com Karin. Sobre o valor nutricional, ela diz que o
pólen é considerado um alimento proteico completo. “Melhora o processo
imune, melhora a defesa do organismo, ele também ajuda muito em parte de
depressão, fadiga, estresse, cansaço. Ainda ajuda a desintoxicar o
organismo”, conclui.

sábado, 6 de agosto de 2011

condições meteorológicas:

Para
que nós tenhamos condições mínimas para abrir uma colmeia e andar a
mexer nela temos que ter em conta os seguintes fatores meteorológicos:
temperatura ambiente, vento e precipitação.

Devo dizer que todos estes fatores são de extrema importância para um bom manejo apícola.

Temperatura Ambiente

Sabendo
que no interior de uma colmeia a temperatura ronda os 35ºc no ninho é
fácil imaginar porque é que este fator é importante. Ao abrir-mos uma
colmeia e inspeccionar-mos os quadros estamos a promover o arrefecimento
da mesma e possivelmente provocar a morte da criação por frio se o
manejo não for rápido. Assim a temperatura ambiente deve ser sempre
superior a 20ºc ou em casos de extrema necessidade não ser mais baixa
que 15ºc. Contudo também existe o reverso da medalha... Uma temperatura
ambiente muito elevada (por exemplo os 40ºc que se fazem sentir durante
o verão no alentejo...) também provoca os seus danos... Faz diminuir a
humidade no interior da colmeia e pode provocar o derretimento de ceras
(que ocorre a partir do 40 a 45ºc).
Uma diminuição da temperatura na
colmeia significa uma maior esforço energético para as abelhas (produção
de calor através do consumo de mel) e consequente consumo de reservas
ao passo que um aumento da temperatura implica uma maior mobilização de
abelhas para a ventilação da colmeia, abelhas estas que podiam estar a
recolher néctar e pólen para alimentar o enxame.

Nota: em dias muito frios e muito quentes as abelha tornam-se mais agressivas e não toleram tanto a nossa presença.

Vento

O
vento é um fator que temos que ter em conta porque este tem a
capacidade de fazer diminuir a temperatura ambiente consoante a sua
intensidade. Deve ser evitado ao máximo o manejo apícola em dias de
vento. Aliás, os próprios apiários devem estar situados em locais que
estejam resguardados dos ventos predominantes da zona onde estão
inseridos.

Precipitação

Ninguém
gosta de trabalhar à chuva e as abelhas então muito menos. Mas não vale
a pena falar muito da precipitação. Chamo apenas à atenção que as
abelhas ficam mais irritadiças e agressivas em dias de trovoada.

Em
jeito de nota final devemos então estar atentos às condições
meteorológicas se quiser-mos prestar um bom e oportuno manejo apícola.
Para tal basta ir-mos consultando os boletins meteorológicos
regularmente.
“As pessoas não devem tentar remover colmeias sem uma ajuda
profissional”,. As abelhas utilizadas na apicultura
brasileira são denominadas africanizadas, um híbrido de várias raças
européias e de africanas criadas no Brasil. A agressividade desse
híbrido criou a necessidade do desenvolvimento de um conjunto de
recomendações para garantir a segurança das pessoas que vivem nas
proximidades. Para a remoção, é recomendável acionar , um apicultor ou uma firma especializada.
          
As abelhas devem ser respeitadas como qualquer outro animal venenoso,
como cobra ou escorpião. Enquanto numa pessoa a picada da abelha provoca
apenas dor e inchaço, em outras pode desencadear o choque anafilático,
com parada cardíaca e morte (pessoas alérgicas). A abelha-africana (ou
africanizada) é muito parecida com a abelha européia, usada como
polinizadora na agricultura e para produção de mel. Os dois tipos têm a
mesma aparência e seu comportamento é similar em muitos aspectos.
Nenhuma das duas tende a picar quando retiram néctar e pólen das flores,
mas ambas o farão para defender-se, se forem provocadas.
Cuidados gerais para evitar picadas de abelhas
Usar
roupas claras, pois as escuras atraem as abelhas; não use perfume,
sabonete, loção pós-barba e spray fixador para cabelo; evite movimentos
bruscos e excessivos quando próximo à colméia; não grite, não use
máquinas barulhentas: as abelhas são atraídas por ruídos, principalmente
os agudos; tenha cuidado ao entrar em local que possa abrigar colmeia;
examine a área de trabalho antes de usar equipamentos motorizados;
ensine as crianças a se precaver e não molestar as abelhas.
 o melhor método para escapar de um ataque de
abelhas é cobrir a cabeça e correr para um abrigo: ao correr, trate de
proteger o rosto e os olhos, tanto quanto possível. As picadas nas
costas e no peito, ataques mais prováveis, serão menos graves do que as
que ocorreriam no rosto.
Os efeitos das picadas das abelhas variam de
intensidade, na dependência do número de ferroadas e da sensibilidade
do indivíduo ao veneno, que causa três efeitos no organismo: neurotóxico
- atua sobre o sistema nervoso; hemorrágico - aumenta a permeabilidade
dos capilares sanguíneos; hemolítico - destrói os glóbulos vermelhos do
sangue.
Como o veneno se manifesta
- forte dor, de 2 a 3 minutos, proporcional ao número de picadas e conforme o local do corpo;
- inchação mais ou menos acentuada, de acordo com o local do corpo atingido;
- vermelhidão no local da ferroada;
- coceira local ou generalizada (nas pessoas alérgicas);
- aumento da temperatura corporal, principalmente no local da picada;
- falta de ar (dificuldade de respirar);
- os lábios adquirem cor azulada (em casos de alergia).
 Primeiros socorros
Retire
o ferrão do inseto raspando o local coma lamina de faca
ou com a unha. Não puxe o ferrão com o dedo ou com pinças. Este deverá
ser retirado raspando suavemente a superfície cutânea até o fazer sair,
mas nunca puxando por ele, nem o torcendo, visto que se poderá
introduzir ainda mais veneno no corpo. Não aperte o ferrão, pois ele
contém veneno. Você poderá estar se picando novamente. Lave a região da
picada com água e sabão. Coloque sobre o local da picada uma compressa
fria (coloque o gelo em um pedaço de pano ou saco plástico, e não
diretamente sobre a pele). Mantenha a compressa por 15 a 20 minutos.
Mantenha a região da picada abaixo do nível do coração. Tome um
analgésico comum para fazer cessar a dor e um anti-histamínico para a
coceira e o inchaço. Leia as instruções na bula sobre como tomar a
medicação corretamente.
Já uma pessoa alérgica vai apresentar os
primeiros sintomas de 3 a 4 minutos após receber a(s) picada(s):
dificuldade de respirar, pele avermelhada e até desmaio. Nesses casos, o
melhor é não tentar atender em casa, mas levá-la ao hospital para os
primeiros socorros, o quanto antes.

Pessoas que sofrem de artrite reumatóide, doença crônica caracterizada pela inflamação articular persistente, poderão contar em breve com um novo aliado para amenizar suas dores. A UFMG e a Fundação Ezequiel Dias (Funed) estão desenvolvendo medicamento de uso externo com propriedades analgésicas e antiinflamatórias, a partir de uma fonte natural: o veneno de abelha. O produto pode aliviar a dor e reduzir o processo inflamatório das articulações dos punhos, mãos e pernas, regiões mais sensíveis aos efeitos da artrite reumatóide, que afeta adultos e crianças. A doença pode causar limitação de movimentos e deformidades.
Na UFMG, os estudos, iniciados há quatro anos, são coordenados pelo professor Márcio de Matos Coelho, do Departamento de Produtos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da UFMG. “As pesquisas in vitro e in vivo, estas com camundongos, conduzidas até o momento demonstram que o veneno e alguns de seus componentes inibem a produção de substâncias que contribuem para o desenvolvimento dos sinais e sintomas tradicionais da resposta inflamatória”, explica o professor, lembrando também que o veneno favorece a produção de substâncias endógenas com atividade antiinflamatória e ativa circuitos no sistema nervoso central capazes de induzir a analgesia. A previsão é de que o medicamento esteja pronto para estudos clínicos em meados de 2009.

Coleta e purificação

A síntese do medicamento envolve várias etapas, como coleta no campo, fracionamento em laboratório por peso molecular, purificação e classificação da apitoxina, substância presente no veneno da espécie Apis mellifera. “O veneno é retirado na entrada da colméia por meio de placas ligadas a uma corrente elétrica. Quando volta à colméia e entra em contato com os fios da placa, a abelha toma um choque e libera o veneno em uma placa de vidro acoplada ao sistema”, explica a bióloga Esther Margarida Ferreira Bastos, da Funed. No laboratório é feita a purificação, processo que remove a fração da substância que pode causar alergia, guardando o restante para a continuidade dos testes. O objetivo dos experimentos é verificar se o veneno total é necessário para a atividade desejada ou se ela pode ser obtida com um ou mais componentes.
Entre as cerca de 30 substâncias presentes no veneno, o peptídeo melitina é o que tem maior potencial para o tratamento, pois além de apresentar propriedades analgésicas e antiinflamatórias, é encontrado em maior quantidade no veneno seco – assim denominado após a retirada de água –, em proporção que varia de 45% a 50%. Sob a orientação do professor Márcio Coelho, as propriedades da melitina foram investigadas pelo pesquisador Leonardo Albuquerque, e as principais conclusões do estudo apresentadas em dissertação de mestrado defendida no final de 2007.
Depois da etapa de purificação, realizada pelos pesquisadores da Funed, as frações do veneno são enviadas ao professor Márcio Coelho, para a realização de ensaios biológicos, como estudos biofarmacêuticos in vitro e testes in vivo. Até o momento, já foram realizados diversos testes com camundongos, usando tanto o veneno total quanto os seus componentes, em vários locais de inflamação. Para a elaboração do medicamento, serão realizadas análises para determinar qual a melhor forma de apresentação do produto – pomada, gel ou loção.

Vantagens

Os medicamentos que aliviam a dor da artrite são administrados via oral ou são injetados, sendo que muitos causam reações adversas. A versão tópica (para uso externo), informa o professor Márcio Coelho, é mais simples, não tem efeitos colaterais e requer menos investimentos na comparação com os medicamentos de via sistêmica.
Segundo o professor Márcio Coelho, o veneno da abelha Apis mellifera foi escolhido para investigação devido à existência de muitos relatos do seu uso com objetivos terapêuticos desde a Antiguidade. Tanto Hipócrates (460-377 a.C.) quanto Galeno (130-200 d.C.) já faziam referência às propriedades terapêuticas da substância. Outros registros dão conta de que Carlos Magno teria sido curado de gota ao ser picado por abelhas por volta do ano 800 d.C. A Apis mellifera adapta-se bem às diferentes regiões do território brasileiro. Seu habitat inclui regiões de cerrado, florestas tropicais, regiões mais áridas, áreas litorâneas e montanhosas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

As Relações Harmônicas são aquelas que trazem benefício para os seres que dela participam; intraespecíficas são relações que ocorrem entre seres da mesma espécie.
As relações harmônicas intraespecíficas são duas: a sociedade e a colônia.
SOCIEDADES
As sociedades constituem-se em aglomerados de indivíduos da mesma espécie que executam suas funções com a finalidade de beneficiar a população.  As sociedades podem ser ISOMORFAS (quando os indivíduos apresentam as mesmas formas, ou seja, a forma não influencia na função, por isso qualquer indivíduo pode realizar qualquer função na sociedade) ou HETEROMORFAS (quando os indivíduos possuem a forma diferenciada, portanto adaptadas para suas respectivas funções).
As sociedades isomorfas são aquelas em que os indivíduos constituintes não apresentam características morfológicas diferenciadas e, portanto, podem ocupar qualquer função na sociedade.  O melhor exemplo de sociedade isomorfa é a humana, onde os indivíduos são morfologicamente semelhantes.
  As sociedades heteromorfas são aquelas em que os indivíduos constituintes apresentam diferenças morfológicas, o que determina que estes indivíduos realizem atividades de acordo com estas adaptações morfológicas.  Um dos exemplos que melhor podem ilustrar o das sociedades heteromorfas é a colméia, a sociedade das abelhas.  Além das colméias, os formigueiros e termiteiros (ou cupinzeiros), também constituem exemplos de sociedades heteromorfas organizadas.
Exemplos.
As colméias normalmente estão divididas em castas, ou seja, em categorias, onde cada ser está devidamente adaptado para exercer sua função.  Genericamente, as colméias estão divididas em três castas: a casta fêmea da Rainha; a casta fêmea das Operárias e a casta dos machos – os Zangões.
A diferenciação sexual entre estas castas não se dá por determinação cromossômica (cromossomos sexuais).  Em geral (algumas abelhas do Gênero Melipona apresentam machos diplóides semelhantes as fêmeas.  Certamente que nestas espécies o processo de determinação sexual obedece a outro fenômeno, como a presença de cromossomos sexuais, por exemplo), o sexo é determinado pela diferença no número de cromossomos autossomos: as fêmeas (rainhas e operárias) são diplóides, ou seja apresentam o número total de cromossomos normais, com dois lotes (2n), isto porque são formadas pelo desenvolvimento de óvulos naturalmente fecundados.  A diferenciação entre as castas femininas dar-se-á posteriormente à fecundação, quando os indivíduos já estiverem na fase larval.  Nesta fase, a larva fêmea escolhida para o posto de nova rainha receberá um alimento especial, a geléia real. Esta geléia dispõe de hormônios que serão responsáveis pelo pleno desenvolvimento das estruturas sexuais da rainha - a diferença principal entre uma Rainha e uma Operária.  Já os zangões são haplóides, ou seja, apresentam apenas a metade dos cromossomos das fêmeas, isto porque resultam do desenvolvimento de óvulos não fecundados, processo biologicamente conhecido como Partenogênese.
As castas da Rainha e dos Zangões tem funções restritas praticamente ao processo de reprodução.  Na época indicada, a Rainha escolhe alguns Zangões para o processo denominado pelos especialistas como “revoada nupcial”.  Nesta revoada, todos os zangões fecundam a Rainha.  Os espermatozóides ficam armazenados em câmaras especiais denominadas espermatecas. Ao retornar à colméia, a Rainha realiza a oviposição nos alvéolos (pequenos orifícios que formam a colméia).  Dependendo da dimensão destes alvéolos os óvulos pode gerar machos ou fêmeas: ao colocarem o óvulo em um alvéolo “apertado”, este pressiona a espermateca que libera um espermatozóide, fecundando o óvulo e gerando uma fêmea; ao colocarem o óvulo num alvéolo mais “folgado”, este não pressiona a espermateca e, portanto, não é fecundado, gerando machos por processo de Partenogênese. Após a cópula, algumas fêmeas sacrificam o macho.  Em algumas espécies, as operárias determinam a morte dos zangões não permitindo seu retorno à colméia (morrem geralmente de fome).  Além desta função essencial para o crescimento e desenvolvimento da colméia, as Rainhas também são as responsáveis pela produção da geléia real.
A casta das Operárias tem várias funções como:
1.  Coleta de materiais para elaboração do mel – o pólen e o néctar, elementos que constituem o mel, é coletado pelas operárias;
2.  Produção de mel – o  mel é produzido a partir da mistura de néctar, pólen e saliva.  O material é misturado na boca das operárias e depositado nos alvéolos da colméia.  O mel serve como alimento para a colméia nos períodos em que há escassez de alimentos;
3.  Produção da geléia real - A geléia real é produzida pelas operárias.  Entretanto, a rainha oferece uma secreção mandibular às operárias que serve para inibir sua fabricação.  À medida que a Rainha vai envelhecendo a secreção dessa substância inibidora da geléia real diminui, o que leva ao surgimento de uma larva moldada para rainha (sucessora do trono);
4.  Produção da cera – a cera é utilizada na arquitetura dos alvéolos da colméia.  Esta cera é secretada por glândulas especiais das operárias;
5.  Proteção da colméia – as operárias são as responsáveis pela proteção da colméia de predadores ou de outros seres que por ventura desejem tirar algum proveito da sociedade, protegendo inclusive as formas jovens;
6.  Aquecimento da colméia – a colméia mantêm-se aquecida graças aos constantes batimentos de asas das operárias, com o calor que emana do movimento muscular.  Neste sentido as operárias se revezam: um grupo permanece sobre a colméia promovendo o “aquecimento muscular”, para uma posterior troca com a equipe que está trabalhando dentro da colméia.
As abelhas surpreendem pela organização.  Pesquisadores estrangeiros, como o professor alemão Dr. Von Frisch, descobriram o formidável meio das abelhas se comunicarem, informando as colegas de colméia informações sobre possíveis fontes de alimentos.  As abelhas do gênero Apis realizam uma verdadeira dança, demonstrando para companheiras a localização da fonte de alimento (Camargo & Stort, 1967).  Os pesquisadores Warwick Kerr e Harald Esch realizando experimentos com abelhas do gênero Melipona, espécies nativas do Brasil, que não realizam a dança, conseguiram gravar sons, cuja frequência varia de acordo com a distância da fonte de alimentos em relação à colméia.
 COLÔNIAS
Nas colônias, a exemplo do que ocorre nas sociedades, todos os indivíduos trabalham por objetivos comuns em relação à coletividade, com uma diferença: os seres estão fisicamente unidos.  Podemos definir colônia, portanto, como: uma relação harmônica onde todos os indivíduos, fisicamente ligados entre si, trabalham pelo bem comum.
Assim como as sociedades, as colônias também podem ser ISOMORFAS (quando todos os indivíduos apresentam a mesma estrutura morfológica, podendo, portanto, executar as mesmas funções) ou HETEROMORFAS (quando os indivíduos apresentam atributos morfológicos restritos a função que desempenham na colônia).
As colônias isomorfas são aquelas onde os indivíduos constituintes não apresentam características morfológicas diferenciadas e, portanto, podem ocupar qualquer função na colônia.  O melhor exemplo de colônia isomorfa é o dos recifes de corais, onde os indivíduos são morfologicamente semelhantes. Dentre as maiores colônias de corais (animais cnidários sésseis) está a  grande barreira de corais da Austrália.
As colônias heteromorfas são aquelas onde os indivíduos constituintes apresentam diferenças morfológicas, o que determina que estes indivíduos realizem atividades de acordo com as adaptações morfológicas.  Um dos exemplos que melhor podem ilustrar o das colônias heteromorfas é a caravela.
As caravelas constituem uma reunião de diversos indivíduos com formatos adaptados às suas funções.  As caravelas estão agrupadas como Classe Hidrozoa na ordem Siphonophora.  A Physalia pelagica, como é conhecida cientificamente possui indivíduos adaptados para flutuação e natação, para pesca e defesa, para nutrição (gastrozóides) e para reprodução (gonóforos ou gonozóides).